Esse conceito já tem força no mercado de tecnologia e repete um ciclo tecnológico já conhecido, que começa com o processamento centralizado e, depois, evolui para arquiteturas distribuídas.
A tecnologia está cada vez mais exigente e, por isso, a necessidade de processamento aumenta continuamente. É aí que entra a computação de borda (ou, em inglês, edge computing). De forma bastante simplificada, trata-se de uma rede de micro data centers para processar dados críticos de forma local — ou seja, na “borda” da rede — em vez de enviá-los para a nuvem.
Por isso, ela é composta, de modo geral, por dispositivos que fazem processamentos e análises avançados mais perto da fonte de dados. Assim, há uma triagem das informações para minimizar o tráfego enviado à central. Isso ajuda a reduzir a largura de banda necessária para as comunicações entre os aparelhos e a rede.
Isso tem se mostrado cada vez mais essencial, pois a largura de banda por usuário é um gargalo para quem precisa transmitir grandes volumes de dados. O aumento da quantidade de dispositivos conectados pela internet das coisas deve piorar esse cenário, porque o congestionamento de largura de banda pode ser crítico em algumas situações.
Ou seja, a proposta da edge computing é que, em vez de o processamento ser feito na nuvem, ele ocorra na borda da rede. Assim, depois de tratadas localmente, as informações usadas com mais frequência são armazenadas em local próximo do usuário e apenas as guardadas por longos períodos são enviadas para a nuvem. Em outras palavras, faz-se mais computação e análise nos próprios dispositivos.